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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vale a pena fazer o root de um smartphone Android? Fazer o root de um aparelho com o sistema operacional da Google é uma das maneiras de melhorar bastante o desempenho do smartphone, mas pode inutilizar o aparelho.

Se você já conversou com um usuário do iPhone, provavelmente você já ouviu falar do jailbreak, uma alteração no iOS que permite os usuários utilizar várias funções que a Apple, em acordo com as operadoras ou por decisão própria, preferiu manter fora do seu equipamento.
De certa forma, o root (raiz) de um dispositivo com Android é semelhante ao jailbreak do iPhone, tanto no aumento das possibilidades do aparelho quanto no quesito legal, já que ambos os processos podem anular a garantia do aparelho.
Android
Além disso, existe uma pequena possibilidade de algo dar errado, e seu telefone parar de funcionar. Portanto, um alerta desde o começo: se você desejar o poder liberado com o root, faça-o por sua própria conta e risco! O Baixaki não se responsabiliza por danos que, porventura, acontecerem ao seu aparelho Android por uma tentativa frustrada de obter o superusuário.

Superandroid

Aplicativos que exigem root no Android MarketApesar de existir um pequeno risco, tomar as rédeas do sistema operacional do seu telefone tem vantagens significativas e, ao seguir o processo corretamente, as chances de algo dar errado são realmente muito baixas.
Para entender melhor o que significa ter um telefone “rootado”, basta se lembrar da diferença entre um usuário normal e um administrador no Windows, ou o uso do comando sudo no Linux. As permissões e capacidades desses usuários permitem a alteração de configurações avançadas que usuários normais nem desconfiam que existem.
Como você descobrirá ao longo deste artigo, as permissões do superusuário melhoram o desempenho do telefone e oferecem novas possibilidades de utilização.

Android turbinado

Alguns aplicativos exigem que o telefone seja “rootado” para que funcionem no Android. Entre estes, alguns dos mais comuns são os que envolvem o overclocking do smartphone.
Estes softwares alteram a maneira com que processador e memória são acessados, e, portanto, pode aumentar ou diminuir a velocidade de processamento dos eventos do Android.
Se o usuário precisa de maior velocidade, é possível determinar condições ótimas de funcionamento, melhorando consideravelmente o desempenho do aparelho. Da mesma forma, se a intenção for uma maior conservação da carga na bateria, basta limitar a oferta de recursos do sistema.

Internet para todos

Ok, os usuários da versão 2.2 do Android não devem considerar isso uma grande vantagem, já que o Froyo tem a capacidade de compartilhar a conexão do telefone por Wi-Fi ou USB como padrão, mas quem ainda não recebeu a atualização em seu aparelho pode transformar seu smartphone em modem ou hotspot facilmente depois do root.
Para isso existem vários aplicativos, como o Barnacle Wi-Fi Tether ou o WiFi Tether disponíveis no Android Market, que transformam aparelhos com versões anteriores do Android em pontos de acesso à internet.

ROMs alternativas

Uma das grandes diferenças entre um telefone “rootado” e outro sem as permissões do superusuário é a possibilidade de utilizar versões adaptadas do Android. Como o sistema da Google é de código livre, desenvolvedores no mundo todo têm acesso à programação e podem desenvolver alterações personalizadas para os aparelhos.
Motoblur
Pense em versões livres e independentes dos fabricantes de sistemas como o Motoblur da Motorola ou o HTC Sense. Algumas melhorias de interface, aplicativos padrão diferentes e mudanças no gerenciamento de recursos do telefone são as principais características dessas ROMs.

Infinitas possibilidades

Além do overclocking, da conexão compartilhada e das ROMs alternativas, existem vários softwares – no Android Market ou obtidos diretamente dos desenvolvedores – que funcionam apenas em telefones com permissão de superusuário.
Por exemplo, o drocap2 permite a captura de telas sem necessitar do computador; outros programas oferecem funcionalidades estendidas para o dispositivo. Backup, controle de cache e até mesmo facilidades para reiniciar e restaurar o aparelho fazem parte do rol de possibilidades ofertados pelo root.

Buscando as raízes

Como dito anteriormente, fazer o root de um Android pode causar mais problemas do que oferecer vantagens. Existem vários casos documentados pela internet de ambos os fatos, com óbvia vantagem para os usuários que foram bem sucedidos.
Ainda assim, o Baixaki renova o alerta de que liberar o acesso ao superusuário do seu telefone é uma escolha sua, e que não nos responsabilizamos se, porventura, você se torne um dos poucos azarados que inutilizou um smartphone ao tentar fazer o root.
Sua coragem não sumiu? Então preste atenção em como fazer para abrir esse novo mundo de possibilidades em seu Android.
Uma ressalva, entretanto. Ambos os modos de acessar o superusuário descritos a seguir não influenciam a instalação de ROMs alternativas, por não abrir o acesso ao “bootloader” (aplicativo responsável pela inicialização do Android).
Assim, fazer o root por qualquer um desses processos – em teoria – não invalida a garantia do seu aparelho, apesar de ainda poder causar alguns problemas de utilização.

Direto no Android

Existe uma maneira de fazer o root do seu Android direto no telefone, e ao contrário da maioria dos processos que você encontra na internet, neste caso é possível também limpar o acesso ao superusuário.
Para isso, você deve permitir que seu telefone instale aplicativos obtidos fora do Android Market. Para tanto, basta acessar as configurações do aparelho na seção Aplicativos e acionar o comando “Fontes desconhecidas”. Com isso, é possível instalar programas com extensão APK. Para mais detalhes, consulte o tutorial sobre instalação de aplicativos no Android.
O próximo passo é baixar e instalar o Universal Androot, que você pode obter clicando neste link. Depois de transferir o arquivo para o SD do smartphone, instale o programa normalmente.
Fazendo o root no Milestone, via Universal Androot
Acione o Universal Androot a partir do menu de aplicativos do Android e libere o acesso root tocando no botão “Root :-)”. Caso queira reverter o processo em algum momento – quando vender o aparelho para comprar seu próximo Android, por exemplo – basta ativar o software novamente e acionar o comando “Unroot :-(“..

Pelo computador

Outra maneira fácil e conhecida de liberar o acesso ao superusuário do Android é através do PC. Para isso é necessário a instalação do SuperOneClick, que irá criar o root no aparelho.
Este aplicativo só está disponível – por enquanto – para Windows e, assim, usuários Mac e Linux deverão encontrar uma maneira de rodar o ambiente da Microsoft para aplicar esta alteração em seus aparelhos.
Depois de instalar o SuperOneClick, conecte o smartphone ao computador pelo cabo USB, e desative a montagem do cartão.
SuperOneClick
Voltando ao PC, inicie o SuperOneClick e acione o botão “Root”, do topo da interface. Uma série de textos serão exibidos na parte inferior da tela do aplicativo, informando os processos realizados pelo programa. Assim que o Android estiver rootado, um diálogo “Device is rooted” será exibido.

O superusuário

Cada aplicativo tem um sistema diferente de exibir as configurações e outros elementos do usuário root.
Superuser e configurações avançadas
Para acessar essas informações, no menu de aplicativos do Android, procure por ícones que não estavam lá antes, normalmente com legendas como “Superuser”, “SU Whitelist” e “Root user”. Esses nomes variam de aparelho para aparelho, e também dependem do processo usado para liberar o superusuário.
Independente disso, todos aqueles aplicativos mencionados anteriormente que exigem root agora já são utilizáveis no seu smartphone. Aproveite!

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